sexta-feira, 24 de maio de 2013

Como um café requentado,um papel amassado me sinto em você.Não sei explicar o porquê...Ele existe? Será exposto ou não? Essa neblina de dúvida fria não está muito boa de se levar.A quentura sobre nossos corpos esfriam,esquentam...E em uma dilatação corporal,vejo um futuro não muito legal...

terça-feira, 21 de maio de 2013

Pelos escombros do meu sono,o despertador vem assassinar qualquer sonho que estivesse ocorrendo.Poderia encontrar-te no limbo,mas não.Levanto admirada com o trabalho eficiente do pitar do
meu celular fazendo questão de me lembrar que mais um dia se inicia.A revolta,ao menos passa,ao tocar o chão.O sono,diga-se de passagem,ainda permanece ali do meu lado.Ele é muito carente e sempre me chama nas horas mais inoportunas.Numa leitura no meu itinerário,o sono,aclamando por mim,diz:aproveite o embalar do ônibus,a quentura do seu casaco,que te protege do frio da manhã.Meus olhos querendo mais palavras,frases,contextos,histórias,vai aos poucos,sendo seduzido pela soneca.Não me julgo por isso,entendo e respeito a carência dele.Acabamos por sonhar outros sonhos e levantamos dispostos para colocá-los em prática!

quinta-feira, 16 de maio de 2013


Buscamos nas linhas,nos rodapés,nos suspiros,nos olhares,nas pausas do dia corrido.
Buscamos,buscamos...O que queremos encontrar? Se ao encontrar,continuamos buscando,buscando...
A eterna busca.

terça-feira, 14 de maio de 2013

As mal(bem)ditas decepções vieram me visitar.
Virei mestre em confundir as coisas,ou as mesmas coisas estão tão fundidas a ponto de eu e metade do mundo confundir.
Só você que não...
Clamo por uma luz,por um sinal.
Não vejo aspectos negativos nessa transação.Sejamos maduros pra saber se é sim ou não.
A dúvida,apesar de ser libertadora,nesse aspecto,ela me prende com correntes.De ouro,mas não deixam de ser correntes.
A dúvida corrói e o elo que possivelmente nos une está perdendo o vigor,o sabor...
Um amargo percorre pela corrente sanguínea e,sinceramente,não quero que isso seja mais uma previsão a la "O segredo".

domingo, 12 de maio de 2013

Diga-me como não invocar o vício da poesia,do corpo que entorpece ao ar de versos?
Uma voz...uma voz serena,aveludada que gritava.
Uma voz que foi abafada por "n" motivos de salvação.
Cale-se,voz,cale-se,mas se abra no ápice da perdição.
Perdoa-me pela teimosia fundamentada em uma obsessão,perdoa-me por calar-te justamente quando você só gostava de gritar.
Exale do cálcio dos meus ossos as artes: arte de falar,arte de escrever,desenhar,pensar...Veja,voz,o quanto estou sendo tolerante, o quanto estou reconhecendo sua riqueza,seu significado.
GRITE,SE PERMITA E...ME PERDOA!
Nesse mundo atribulado,nesse asfalto rachado e sem nenhum vigor,nasceu uma flor.Não é uma rosa,tulipa ou margarida,mas é tão linda que eu vou regar,cuidar e quiçá amar...Não é uma árvore estrondosa,contudo,é uma flor jovem,intensa,expressiva e com seu esplendor...Ah,flor,farei você criar raízes fortes,inabaláveis e frutos intermináveis!
Sou borboleta,não nego,mas em seu jardim eu ficaria perambulando por dias a ponto de largar o status de polinizadora e virar jardineira de tanta beleza e imensidão!
Em uma briga incessante entre Apolo e Dionísio,eu sigo a vida.Dionísio faz-me desejar sua boca,morder suas entranhas e saciar meu prazer...Ficar te olhando,pulsando vontades sem máscaras,sem disfarces.De repente,Apolo bate em minha cabeça e me finca no chão,na realidade que me consome,na aspereza da situação.Essa dicotomia não se origina somente de mim.Suas atitudes me esfriam,me esquentam,me confundem,me difundem de uma maneira a me deixar mais confusa do que já sou.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Como uma onda,gota a gota foi me embalando,acariciando-me,inebriando-me.De uma gota fez-se o mar,na sua imensidão de me abraçar,de me envolver. Fagocite-me,proteja-me,seja-me meu,só meu...

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Embora cansada,olhos flamejantes de sono e barriga semelhante a de um etíope,paro,necessito escrever.Liberar o que me sufoca,o que me enforca...Hoje desabei,lágrimas caíram,mas eu soube disfarçar...
Odeio o parecer,esse verbo de ligação não combina nenhum pouco com o ser,o estar,o permanecer,o ficar...Parece? Pois é,mas não é...
E isso me corrói aos poucos,estou agonizando passando pela bendita linha tênue,aquela que depois de passada eu,sinceramente,não sei se tem como voltar atrás.Não,eu não estou reclamando da situação.Está gostoso,legal,aconchegante,mas eu não me contento com pouco,eu não gosto nenhum pouco da falta de atitude,esta que permeia meu passado,mas um belo dia resolvi mudar e modificar tudo que eu iria fazer...Poxa,eu amo atitude,sou uma mulher de atitude,mas não estou sendo por medo,pois é,por medo de destruir um castelo de areia...Espero ansiosamente por uma atitude,mas se ela não chegar,eu vou chutar esse castelo ou derrubar um balde d´água e considerar que nada aconteceu...
Eu sei que estou falando isso da boca pra fora e isso já está me machucando.Afinal,como rejeitar o choque do encontro...É uma atração química que faz-me ficar ao seu lado mesmo sem querer.Tosse,resfriado e o que eu to sentindo são coisas que não to conseguindo esconder e eu,realmente,não sei o que fazer.

quarta-feira, 1 de maio de 2013


"A paz invadiu o meu coração

De repente, me encheu de paz

Como se o vento de um tufão

Arrancasse meus pés do chão

Onde eu já não me enterro mais..."        "Ai se sesse (...)"
Eu, do fundo do meu coração, tenho um orgulho absurdo de ser quem eu sou. Não vou dizer que é 

fácil, e que nunca deu vontade de desistir, mas vale muito mais a pena continuar.Tenho orgulho 

de conseguir transformar tudo o que dói em mim em aprendizado, fortalecimento, ao invés de (...)

 fazer de conta que nada está acontecendo, que nada me atinge e eu sou superior à dor. Dói 

mesmo, eu me apaixono mesmo, eu sou intensa mesmo, eu me ferro mesmo. Tudo é bom, tudo é 

vazio, tudo é bom de novo. Viver é um absurdo e não dá pra passar por isso tão ileso. Eu prefiro 

mil vezes ter histórias pra contar.
No meu ato da escrita,penso na situação.Penso em uma teia entrelaçada e uma aranha prestes a liberar seu muco sobre a presa e realizar digestão extracorpórea.Não é uma visão tão boa,mas é tão envolvente,vibrante a ponto de deixar-se ser levado.
Sem dúvida,ser presa não é um termo agradável,principalmente,quando essa presa permite ser atacada.Mal sabe ela que ao criar empecilhos,uma certa dificuldade,a aranha,sedenta,fica mais ainda com aquela vontade insaciada até que,finalmente,consegue o que tanto almeja.
A aranha lambe suas patas,sente-se como se fosse o artrópode mais feliz do mundo pela conquista.
Diferentemente,seria se a pobre presa permitisse assim,tão rápido ser devorada.Isso não inibiria a vontade do aracnídeo;mas,infelizmente,no fim,seria só mais uma alimentação rápida e sem graça.