de suas nuvens provocar chuva.
Que sublime desejar-te é.
Sim, a construção da ação mor ficará para o fim.
A intenção é respirar florescentemente.
Compor o corpo, os objetos em sua função, sejam eles os olhos, os lábios, a línuga ou as mãos.
Sorrir pelo ângulo da malícia e mergulhar mais uma vez nesse olhar que suga minhas roupas, que lava minha alma
Salpicar e aspergir de solução libidinal os corredores, portas e
janelas.
Suspiros concedidos e permitir que a cortina e os lençóis nos
envolvam de espasmos.
Pegar em um objeto rijo e amaciá-lo com a cor.
No balançar dos meus e na pressão dos teus, apetitosamente,
embalar-mos em uma dança de quadris.
Rasgar com a boca macia uma página fria e estrategicamente
aberta.
Devorar cada palavra caliente. Entregar-se nas pausas, nos
espaços torturantes.
Ficar ali resistente. Firme. Conter. Não conter.
Arrancar ao meu sexo de ler a palavra que te quer, te deseja, te
almeja.
Em soluços incessantes, soprar para dentro de ti odores e sabores
até que enfim a dor alegre recomece.
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