terça-feira, 9 de julho de 2013

Fiquei me perguntando porquê livros de autoajuda vendem tanto?
Não posso falar "mal" de uma muleta que me ajudou quando precisei,de ensinamentos que fortaleceram o ruído,o gasto,o cansado,o sofrido...Contudo,diante de uma possível melhora do eu e de um autoconhecimento,dei por mim que livros de autoajuda entregam ao leitores tudo mastigado,receitas a seguir,rótulos a serem presos na testa e,pior,regras a serem seguidas.E como se não bastassem,esse gênero literário se traduz em círculos,sinônimos,em uma máquina de abstratos.Começam de um ponto e volta ao mesmo ponto inúmeras vezes.Não induz á reflexão,não dá a vara para pescar e sim o peixe empanado e frito acompanhado de arroz e feijão e outros clichês de que a vida é curta,aproveite-a!
Nessa vertente de minha observação,a resposta de minha pergunta bate á porta.
Os indivíduos estão tão mergulhados no egocentrismo,na disputa em serem os melhores em tudo,na necessidade em ser visto,em ter e não ser a ponto de não conseguirem sozinhos estruturar o edifício da vida.Buscam tudo mastigado,pois estão cegos de tanta ilusão,indecisão e depressão que assola o coração.Ficam inebriados e bloqueados em fazerem suas próprias reflexões,em buscar respostas,ou sendo mais realista,em buscar mais perguntas para retirarem-se da inércia.Não conseguem tirar no plano do inconsciente e trazer para o consciente a aspereza e todos os concretos que incomodam.
Pois é,em uma sociedade em que cada vez mais esses livros ganham espaço,resta-me a pensar e outra retórica: por que a sociedade está tão doente?

Nenhum comentário:

Postar um comentário